quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Energia Universal

Muitas vezes, ouvimos dizer que o universo é energia e que tudo é energia. Nós mesmos somos energia. Mas isso dito desta forma, é muito abstracto e vago. A própria ciência debate-se com dificuldades para encontrar uma definição substancial de energia, num conceito independente, pois a energia é tanta coisa que não é fácil defini-la de forma simples.

Pelo senso comum, sabemos que existem diferentes fontes e formas de energia. Ouvimos falar em energia eléctrica, electromagnética, térmica, de combustão, eólica, solar, quântica, etc… etc... A energia afinal, é muita coisa ao mesmo tempo.

Quando se fala em energia, estamos sempre a falar de um inter-relacionamento entre dois entes ou dois sistemas, isto é, a energia é fruto de um trabalho ou acção entre dois sistemas. Terá de haver sempre uma passagem de um lado para o outro, seja por transferência directa ou por via de uma transformação prévia, como por exemplo o gasóleo dos nossos carros que advém da transformação do petróleo.
E toda a energia e as suas transferências, seja de forma ou substância, obedecem sempre a uma lei básica chamada de Lei da Conservação. Esta lei, não é mais do que a assunção que tudo se mantém em equilíbrio, pois a energia existe por si, não podendo ser destruída, somente transferida.

Desde que se estuda e analisa a criação do universo, a partir do chamado Big Bang, convencionado como o ponto de partida científico para o que conhecemos hoje, que o Homem procura saber mais sobre a energia e os fluxos energéticos, que a todo o momento acontecem no universo.

Mas, poderão pensar, o que é que esta questão da energia tem a ver comigo?

Eu sei que isto é uma temática que poderá ser um pouco complicada de entender, mas acho importante falar na ciência para encontrarmos explicações lógicas para determinadas coisas que acontecem na dimensão espiritual e até para o que se passa aqui.

Nunca nos esqueçamos, que a Doutrina assenta no princípio triangular: Ciência, Filosofia e Religião. Por isso tudo deve ser enquadrado com um sentido lógico e comprovável, isto porque não devemos de acreditar nas coisas só porque sim. Deus fez-nos seres racionais e inteligentes, como tal temos de usar as capacidades e conhecimentos que temos para evoluirmos.
Há muito que a humanidade descobriu uma energia invisível muito própria, existente no universo que está e sempre esteve à nossa disposição, mas esta energia só é possível ser sentida e utilizada no plano espiritual, isto é, o Homem precisa de sair da sua esfera material para conseguir ligar-se a essa energia que é conhecida sob muitos nomes, mas eu gosto de chamar-lhe Energia Universal ou Fluído Universal.

Um exemplo muito prático disso, é o passe e a fluidificação da água.

Como sabemos, o Homem por si só é um ser multidimensional, isto é, não somos só o corpo material que possuímos, mas também somos um ser espiritual. Essa é a nossa verdadeira condição.
Também sabemos, que do corpo ligamo-nos ao espírito imortal através do perispírito. E a prova científica que o perispírito existe, foi realizada pela Universidade de Kirov (Rússia) sendo esta descoberta científica registada e divulgada pela Universidade de Prentice Hall (USA). Dentro desta descoberta, analisou-se os fenómenos associados à existência do chamado fluído universal, ou energia universal e às respectivas transferências entre o plano físico e espiritual.
Aqui temos o lado científico a provar o que Kardec estudou e explicou.

Os fenómenos associados às transferências de energia entre as pessoas (como se passa no Passe, por exemplo) foram demonstrados cientificamente, não se tratando só de uma base crente ou religiosa. As fotografias tiradas pelas câmaras Kirlian, mostram de forma objectiva e inequívoca as transferências de energia que existem durante um passe e mais uma vez, provando assim a existência de fluídos universais invisíveis ao olho humano que são transferidos entre seres vivos.

Mas não é só nas universidades que se prova as outras dimensões da nossa existência. A medicina, no estudo que faz ao corpo humano, também encontrou o elo de ligação entre o plano material e o plano espiritual.

Todos nós possuímos um órgão no cérebro, chamado de Glândula Pineal, que não só é responsável pela produção de uma hormona chamada de melatonina, mas é também um órgão responsável pela nossa ligação ao plano espiritual.

A Glândula Pineal, também conhecida como Epífise, é um pequeno órgão que se parece com um cone com 8mm de comprimento e 4mm de largura, pesa cerca de 0,2 gr.

Desde há mais de 3000 anos A.C. que aparece nos escritos que se referem à anatomia humana. No ocidente, foi descrita a primeira vez por volta do ano 300 A.C. por Herophilus de Alexandria e até aos dias de hoje, tem sido um órgão muito estudado, inclusivamente pela Doutrina Espírita.

Para melhor entenderem, a Glândula Pineal, funciona como uma antena que possuímos que nos permite captar as vibrações e frequências do plano espiritual à nossa volta. E acede-se, se assim posso dizer, a ela por via do chakra coronário (dizer onde se situa).

O neuro cientista Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, defende nas suas pesquisas que a Glândula Pineal é o órgão sensitivo que capta as informações através de ondas electromagnéticas, devido as propriedades dos cristais de apatita  que as converteriam em estímulos neuro químicos de forma análoga a uma antena.

Algo importante a entender todavia, é que o nosso corpo possui aquilo que se designa como centros de força ou Chakras e esses pontos são responsáveis não só pelo nosso equilíbrio fisiológico (bem estar), mas também nos ligam ao plano espiritual. Esses centros de força estão directamente ligados ao nosso perispírito.

E quando se fala de obsessões do domínio espiritual, os espíritos obsessores actuam directamente nestes pontos, contribuindo para que sejam alterados e perturbados. Dessa forma, enfraquecem-nos tanto corpo como mente.

Também quando se fala de mediunidade, pelo menos a mais ostensiva, o médium recebe informações do plano espiritual através da Glândula Pineal que funciona como a porta de entrada nestes processos. Pois tal como os rádios ou as televisões, de nada serve um emissor emitir o que quer que seja, se não existirem antenas que permitam captar essas frequências e transformá-las em algo que possamos compreender, seja som ou imagem.

É por isso que muitas vezes Chico Xavier dizia: O telefone toca do outro lado e só toca de lá para cá!

No fundo é como a rádio e a televisão, ouvimos as suas emissões mas não conseguimos falar com quem está a emiti-las. Mas existem situações onde isso é mais ou menos possível, mas não vou falar nisso hoje.

Recapitulando um pouco, julgo que é claro para todos que o universo é uma fonte de energia ilimitada, que nos permite, na medida dos nossos conhecimentos, irmos utilizando e transformando conforme necessitamos. Basta querer aceder-lhe.

E como se faz isso, poderão perguntar?

Para acedermos a esta energia universal, precisamos de desligarmo-nos da nossa condição material e ligarmo-nos à nossa dimensão espiritual. Para isso, não precisamos de nenhum curso ou formação, precisamos sim, de em primeiro lugar, pensarmos e ligarmo-nos a Deus. Sair momentaneamente das nossas rotinas diárias, esquecer os problemas do dia-a-dia, esquecer as perturbações disto e daquilo. No fundo, precisamos de meditar. Precisamos de nos ligar ao nosso EU interior, de estabelecermos uma comunicação com o plano divino. De cortarmos as ligações com as perturbações do dia-a-dia.
  
Não precisamos de ter grandes conhecimentos em medicina, anatomia humana, psicologia, etc… não precisamos de cursos para aceder à fonte de energia universal à nossa disposição.

Uma forma muito fácil de o fazer, é relembrar e por em prática o que Deus nos disse através do seu filho primogénito:

“Amem o próximo como a vós mesmos”

E porquê?

Porque ao fazermos o bem, estamos a elevar aos poucos a nossa consciência espiritual e cada vez mais, vamos acedendo mais facilmente a esta energia universal à nossa disposição. Quanto menos materializados, mais facilmente nos elevamos.

O conhecimento, não depende da inteligência nem da condição social de cada um, mas sim da vontade em saber e aprender. E quanto mais elevados conseguirmos ser (através da prática do bem e da aquisição de conhecimento) mais perto estamos de Deus e sobretudo da felicidade plena.

Nós podemos e somos capazes de sermos felizes, por muito estranho que pareça.

O problema é por isso em prática na nossa condição tão terrena e materialista. O problema de não sermos plenamente felizes, é que vivemos muito cá em baixo, pouco lá em cima e muito pouco ligados à energia amorosa de Deus, que tanta falta nos faz.
Uma boa forma de começar, será ver os problemas, a vida e as coisas à nossa volta noutras perspectivas.

Gosto de usar este exemplo:

1-     Experimentem deitar-se no chão de barriga para baixo. O que vêem?
2-     Agora imaginem que conseguem elevar-se um pouco e sobre um metro. O que vêem?
3-     Vão continuando a elevarem-se e vão subindo cada vez mais. O que vêem?
4-     Agora imaginem que estão a 10 quilómetros de altura. O que vêem?

Resumindo, à medida que nos elevamos, os problemas e as coisas que aos nossos olhos são tão importantes negativamente, vão perdendo dimensão e importância.

É um pouco como quando estamos a viajar num avião, que importância têm as coisas cá em baixo?

Nenhuma, pois mal as vemos e o que vemos é tudo muito pequenino.

Ligarmo-nos ao nosso EU interior e consequentemente a Deus mais vezes, torna-nos mais leves e mais elevados espiritualmente.

Ao aprendermos a não depender da energia dos outros, como se de sanguessugas se tratasse, conseguimos ser mais felizes e mais elevados. Pois quem não consegue alimentar-se da energia universal sempre à sua disposição, alimenta-se das energias dos demais à sua volta. Por isso existem pessoas tão más que nos enfraquecem tanto e nos prejudicam de todas as formas e feitios. É como se drenassem a nossa energia vital.

Quem se liga a Deus, quem ama, valoriza e energiza positivamente os outros. Não o contrário.

Assim se acede à Energia universal…