Muitas vezes, ouvimos dizer que o universo é energia e
que tudo é energia. Nós mesmos somos energia. Mas isso dito desta forma, é muito
abstracto e vago. A própria ciência debate-se com dificuldades para encontrar
uma definição substancial de energia, num conceito independente, pois a energia
é tanta coisa que não é fácil defini-la de forma simples.
Pelo senso comum, sabemos que existem diferentes fontes
e formas de energia. Ouvimos falar em energia eléctrica, electromagnética, térmica,
de combustão, eólica, solar, quântica, etc… etc... A energia afinal, é muita
coisa ao mesmo tempo.
Quando se fala em energia, estamos sempre a falar de
um inter-relacionamento entre dois entes ou dois sistemas, isto é, a energia é
fruto de um trabalho ou acção entre dois sistemas. Terá de haver sempre uma
passagem de um lado para o outro, seja por transferência directa ou por via de
uma transformação prévia, como por exemplo o gasóleo dos nossos carros que advém
da transformação do petróleo.
E toda a energia e as suas transferências, seja de
forma ou substância, obedecem sempre a uma lei básica chamada de Lei da
Conservação. Esta lei, não é mais do que a assunção que tudo se mantém em
equilíbrio, pois a energia existe por si, não podendo ser destruída, somente
transferida.
Desde que se estuda e analisa a criação do universo, a
partir do chamado Big Bang,
convencionado como o ponto de partida científico para o que conhecemos hoje, que
o Homem procura saber mais sobre a energia e os fluxos energéticos, que a todo
o momento acontecem no universo.
Mas, poderão pensar, o que é que esta questão da
energia tem a ver comigo?
Eu sei que isto é uma temática que poderá ser um pouco
complicada de entender, mas acho importante falar na ciência para encontrarmos
explicações lógicas para determinadas coisas que acontecem na dimensão espiritual
e até para o que se passa aqui.
Nunca nos esqueçamos, que a Doutrina assenta no
princípio triangular: Ciência, Filosofia e Religião. Por isso tudo deve ser
enquadrado com um sentido lógico e comprovável, isto porque não devemos de
acreditar nas coisas só porque sim. Deus fez-nos seres racionais e
inteligentes, como tal temos de usar as capacidades e conhecimentos que temos
para evoluirmos.
Há muito que a humanidade descobriu uma energia invisível
muito própria, existente no universo que está e sempre esteve à nossa
disposição, mas esta energia só é possível ser sentida e utilizada no plano
espiritual, isto é, o Homem precisa de sair da sua esfera material para conseguir
ligar-se a essa energia que é conhecida sob muitos nomes, mas eu gosto de
chamar-lhe Energia Universal ou Fluído Universal.
Um exemplo muito prático disso, é o passe e a
fluidificação da água.
Como sabemos, o Homem por si só é um ser multidimensional,
isto é, não somos só o corpo material que possuímos, mas também somos um ser
espiritual. Essa é a nossa verdadeira condição.
Também sabemos, que do corpo ligamo-nos ao espírito
imortal através do perispírito. E a prova científica que o perispírito existe,
foi realizada pela Universidade de Kirov (Rússia) sendo esta descoberta
científica registada e divulgada pela Universidade de Prentice Hall (USA). Dentro
desta descoberta, analisou-se os fenómenos associados à existência do chamado
fluído universal, ou energia universal e às respectivas transferências entre o
plano físico e espiritual.
Aqui temos o lado científico a provar o que Kardec
estudou e explicou.
Os fenómenos associados às transferências de energia
entre as pessoas (como se passa no Passe, por exemplo) foram demonstrados
cientificamente, não se tratando só de uma base crente ou religiosa. As
fotografias tiradas pelas câmaras Kirlian, mostram de forma objectiva e
inequívoca as transferências de energia que existem durante um passe e mais uma
vez, provando assim a existência de fluídos universais invisíveis ao olho
humano que são transferidos entre seres vivos.
Mas não é só nas universidades que se prova as outras
dimensões da nossa existência. A medicina, no estudo que faz ao corpo humano,
também encontrou o elo de ligação entre o plano material e o plano espiritual.
Todos nós possuímos um órgão no cérebro, chamado de
Glândula Pineal, que não só é responsável pela produção de uma hormona chamada
de melatonina, mas é também um órgão responsável pela nossa ligação ao plano
espiritual.
A Glândula Pineal, também conhecida como Epífise, é um
pequeno órgão que se parece com um cone com 8mm de comprimento e 4mm de
largura, pesa cerca de 0,2 gr.
Desde há mais de 3000 anos A.C. que aparece nos
escritos que se referem à anatomia humana. No ocidente, foi descrita a primeira
vez por volta do ano 300 A.C. por Herophilus de Alexandria e até aos dias de
hoje, tem sido um órgão muito estudado, inclusivamente pela Doutrina Espírita.
Para melhor entenderem, a Glândula Pineal, funciona
como uma antena que possuímos que nos permite captar as vibrações e frequências
do plano espiritual à nossa volta. E acede-se, se assim posso dizer, a ela por
via do chakra coronário (dizer onde se
situa).
O neuro
cientista Dr. Sérgio Felipe de
Oliveira, defende nas suas pesquisas que a Glândula Pineal é o órgão
sensitivo que capta as informações através de
ondas electromagnéticas, devido as propriedades dos cristais de
apatita que as converteriam em estímulos neuro químicos de
forma análoga a uma antena.
Algo importante a entender todavia, é que o nosso
corpo possui aquilo que se designa como centros de força ou Chakras e esses
pontos são responsáveis não só pelo nosso equilíbrio fisiológico (bem estar),
mas também nos ligam ao plano espiritual. Esses centros de força estão
directamente ligados ao nosso perispírito.
E quando se fala de obsessões do domínio espiritual,
os espíritos obsessores actuam directamente nestes pontos, contribuindo para
que sejam alterados e perturbados. Dessa forma, enfraquecem-nos tanto corpo
como mente.
Também quando se fala de mediunidade, pelo menos a
mais ostensiva, o médium recebe informações do plano espiritual através da
Glândula Pineal que funciona como a porta de entrada nestes processos. Pois tal
como os rádios ou as televisões, de nada serve um emissor emitir o que quer que
seja, se não existirem antenas que permitam captar essas frequências e
transformá-las em algo que possamos compreender, seja som ou imagem.
É por isso que muitas vezes Chico Xavier dizia: O telefone toca do outro lado e só toca de
lá para cá!
No fundo é como a rádio e a televisão, ouvimos as suas
emissões mas não conseguimos falar com quem está a emiti-las. Mas existem
situações onde isso é mais ou menos possível, mas não vou falar nisso hoje.
Recapitulando um pouco, julgo que é claro para todos
que o universo é uma fonte de energia ilimitada, que nos permite, na medida dos
nossos conhecimentos, irmos utilizando e transformando conforme necessitamos.
Basta querer aceder-lhe.
E como se faz isso, poderão perguntar?
Para acedermos a esta energia universal, precisamos de
desligarmo-nos da nossa condição material e ligarmo-nos à nossa dimensão
espiritual. Para isso, não precisamos de nenhum curso ou formação, precisamos
sim, de em primeiro lugar, pensarmos e ligarmo-nos a Deus. Sair momentaneamente
das nossas rotinas diárias, esquecer os problemas do dia-a-dia, esquecer as
perturbações disto e daquilo. No fundo, precisamos de meditar. Precisamos de
nos ligar ao nosso EU interior, de estabelecermos uma comunicação com o plano
divino. De cortarmos as ligações com as perturbações do dia-a-dia.
Não precisamos de ter grandes conhecimentos em
medicina, anatomia humana, psicologia, etc… não precisamos de cursos para
aceder à fonte de energia universal à nossa disposição.
Uma forma muito fácil de o fazer, é relembrar e por em
prática o que Deus nos disse através do seu filho primogénito:
“Amem o
próximo como a vós mesmos”
E porquê?
Porque ao fazermos o bem, estamos a elevar aos poucos
a nossa consciência espiritual e cada vez mais, vamos acedendo mais facilmente
a esta energia universal à nossa disposição. Quanto menos materializados, mais
facilmente nos elevamos.
O conhecimento, não depende da inteligência nem da
condição social de cada um, mas sim da vontade em saber e aprender. E quanto mais
elevados conseguirmos ser (através da prática do bem e da aquisição de
conhecimento) mais perto estamos de Deus e sobretudo da felicidade plena.
Nós podemos e somos capazes de sermos felizes, por
muito estranho que pareça.
O problema é por isso em prática na nossa condição tão
terrena e materialista. O problema de não sermos plenamente felizes, é que
vivemos muito cá em baixo, pouco lá em cima e muito pouco ligados à energia amorosa
de Deus, que tanta falta nos faz.
Uma boa forma de começar, será ver os problemas, a
vida e as coisas à nossa volta noutras perspectivas.
Gosto de usar este exemplo:
1-
Experimentem
deitar-se no chão de barriga para baixo. O que vêem?
2-
Agora imaginem
que conseguem elevar-se um pouco e sobre um metro. O que vêem?
3-
Vão continuando a
elevarem-se e vão subindo cada vez mais. O que vêem?
4-
Agora imaginem
que estão a 10 quilómetros de altura. O que vêem?
Resumindo, à medida que nos elevamos, os problemas e
as coisas que aos nossos olhos são tão importantes negativamente, vão perdendo dimensão
e importância.
É um pouco como quando estamos a viajar num avião, que
importância têm as coisas cá em baixo?
Nenhuma, pois mal as vemos e o que vemos é tudo muito
pequenino.
Ligarmo-nos ao nosso EU interior e consequentemente a
Deus mais vezes, torna-nos mais leves e mais elevados espiritualmente.
Ao aprendermos a não depender da energia dos outros,
como se de sanguessugas se tratasse, conseguimos ser mais felizes e mais
elevados. Pois quem não consegue alimentar-se da energia universal sempre à sua
disposição, alimenta-se das energias dos demais à sua volta. Por isso existem
pessoas tão más que nos enfraquecem tanto e nos prejudicam de todas as formas e
feitios. É como se drenassem a nossa energia vital.
Quem se liga a Deus, quem ama, valoriza e energiza
positivamente os outros. Não o contrário.
Assim se acede à Energia universal…